O Ibovespa fechou em baixa de 0,46% nesta sexta-feira (10), aos 127.599 pontos. Na semana, as perdas são de 0,71%. O dólar subiu 0,29%, cotado a R$ 5,15 no encerramento. A valorização da moeda norte-americana perante ao real na semana é de 1,73%. O que era para ser uma semana positiva – com uma agenda de anúncios da Selic e dados econômicos – se tornou prejuízo para os investidores. Anunciada hoje, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril veio acima das expectativas na medição mensal, mas se saiu melhor na comparação atual. O entendimento do mercado é de que a política de juros altos está, sim, surtindo efeito no índice de preços. Ou seja, ponto positivo para os ativos de risco, já que o Banco Central (BC) não teria de manter as taxas tão altas para domar o índice. Por outro lado, quando o apetite ao risco parecia que ia voltar, o Federal Reserve acabou com as expectativas, deixando em aberto se a taxa de juros dos EUA será alterada para baixo ou não. Por aqui, pesou ainda mais o tom mais duro do comunidado do Comitê de Política Monetária (Copom) que, apesar de reduzir 0,25 ponto percentual da Selic, deixou uma dúvida na mente dos investidores sobre a continuação do afrouxamento monetário. Com o mau desempenho das companhias de varejo, além das estatais Petrobras e Vale na sessão, o cenário foi negativo e obriga os investidores recalcularem a rota para a semana que vem.
As maiores altas foram das preferenciais da Alpargatas (3,31%) e Allos (2,96%). As baixas, Magazine Luiza (-7,78%) e Petz (-5,24%). Todas as cinco ações mais negociadas apresentaram retração: B3 (-2,41%), preferenciais da Petrobras (-0,22%), Localiza (-5,15%), Suzano (-1,9%) e Vale (-0,34%). O volume negociado foi de R$ 22,93 bilhões.