O Ibovespa fechou em baixa de 0,21% nesta sexta-feira (27), aos 132.730 pontos. Na semana, alta foi de 1,27%. O dólar caiu 0,12%, cotado a R$ 5,43 no encerramento. A desvalorização da moeda norte-americana perante ao real na semana é de 1,53%. Em seu penúltimo pregão no mês, o índice nacional voltou a recuar após avanços pontuais durante a semana e com o mercado dividido entre preocupações internas e incentivos no exterior. No cenário doméstico, investidores repercutiram novos dados do mercado de trabalho. A taxa de desemprego ficou em 6,6% nos três meses até agosto, um pouco abaixo do consenso do mercado. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego é a menor para trimestres até agosto em toda a série histórica. Além disso, a taxa é a menor desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014. Também em agosto, o país criou 232.513 vagas de emprego, levemente inferior ao esperado. Já o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que, apesar de a inflação no Brasil ter mostrado “alguma melhora”, ainda há incerteza sobre seus componentes. Em segundo plano, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), considerado a “inflação do aluguel”, acelerou mais do que o esperado por analistas em setembro, em alta de 0,62%, depois de ter avançado 0,29% no mês anterior. Lá fora, o Índice de Preços (PCE) dos Estados Unidos subiu 0,1% no mês de agosto. No ano, a inflação acumula alta de 2,2% — próximo da meta de 2% do Federal Reserve. Os dados vieram levemente abaixo do esperado. Após o dado, as apostas de corte de 50 pontos-base nos juros pelo Federal Reserve em novembro aumentaram. Os traders agora veem 54,7% de chance de o banco central norte-americano reduzir os juros para a faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. Ontem (26), essa probabilidade era de 49,3%. Em consequência, as apostas pelo corte de 25 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 4,50% a 4,75% ao ano, recuaram de 50,7% (ontem) para 45,3% hoje.
As maiores altas foram da Ambipar (24,54%) e Qualicorp (16,67%). As baixas, PDG (-50%) e preferenciais da CEEE (-20%). Das cinco ações mais negociadas, três apresentaram retração: PDG (-50%), Hapvida (-1,72%), B3 (-1,11%), preferenciais do Bradesco (0,88%) e preferenciais da Azul (6,06%). O volume negociado foi de R$ 22,85 bilhões.