O Ibovespa fechou em baixa de 0,59% nesta quinta-feira (12), aos 111.850 pontos. O dólar caiu 1,55%, cotado a R$ 5,10 no encerramento. O rombo contábil histórico de R$ 20 bilhões informado pela Americanas derreteu em mais de R$ 8 bilhões do valor de marcado da companhia, que chegou a valer R$ 2,51 bilhões ao final da sessão. O anúncio, que resultou na renúncia imediata do diretor-presidente, Sergio Rial, recém-chegado ao cargo, levou os papéis da companhia a míseros R$ 2,72. Como um efeito dominó, ações de outras varejistas foram diretamente impactadas e puxaram o índice nacional para baixa. O setor de commodities metálicas, por outro lado, ajudou na sustentação para que as negociações não fossem drasticamente afetadas. Na cena política, os gastos dos ex-presidentes com o cartão corporativo foram analisados sem alardes pelo mercado, que se atentou aos anúncios do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O governo anunciou um pacote de R$ 242,7 bilhões para melhorar as contas públicas e registrar, ao final do ano, superávit primário. Dentre as medidas, destacam-se a reversão de desonerações, mudanças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e uma nova renegociação especial de dívidas chamada Programa Litígio Zero.
As maiores altas foram do Magazine Luiza (5,28%) e CCR (2,55%). As baixas, Americanas (-77,33%) e Méliuz (-5,83%). Das cinco ações mais negociadas, três apresentaram evolução: Vale (0,53%), preferenciais do Bradesco (-2,34%), preferenciais da Petrobras (1,44%), preferenciais do Itaú Unibanco (-1,4%) e Magazine Luiza (5,28%). O volume negociado foi de R$ 26,91 bilhões.