A B3, bolsa de valores brasileira, inaugurou nesta terça-feira (16) a versão brasileira da estátua do “Touro de Ouro”, na rua XV de Novembro, no centro histórico da cidade de São Paulo. A peça é inspirada na versão de exposta em Wall Street, em Nova York, área da cidade que concentra as principais bolsas de valores dos Estados Unidos.
O touro tupiquinim que tenta simbolizar o mercado de ações foi pintado com um dourado de doer os olhos e, que poderia ser facilmente exposto em Lisboa, devido ao excesso literalidade do termo “touro de ouro”. O responsável pela obra é o artista plástico e arquiteto Rafael Brancatelli. Apesar da cor, a peça tem características impressionantes, de quase uma tonelada e cinco metros de comprimento, Brancatelli contou a parceria do economista, Pablo Spyer, para viabilizar o projeto.
Para Wall Street, o touro significa ações em alta, já que a chifrada do animal vem de baixo para cima simbolizando uma curva ascendente. Porém, a inauguração veio em um momento que o Brasil é analisado com cautela por investidores devido à alta da inflação, cenário político desfavorável e uma agenda econômica que gera dúvidas -, um país em fase de bear market. Se o touro é uma curva ascendente, o urso, que ataca para baixo é a queda nos investimentos, mais propício para o Brasil nesse momento. Neste ano, pelo menos, 61% das empresas que entraram na B3 perderam seu valor de mercado devido às questões internas. A inauguração foi uma alegoria interessante de como os negociadores da bolsa, às vezes, fazem movimentos sem explicações, pois o Ibovespa caia 0,26% e mesmo assim, uma euforia de confetes e gritos acontecia no local. Se a B3 quisesse ser mais atual, poderia adotar também um urso de latão dourado.