O Ibovespa fechou em alta de 2,64% nesta sexta-feira (14), aos 128.957 pontos. Na semana, os ganhos são de 3,14%. O dólar caiu 1,03%, cotado a R$ 5,74 no encerramento. A desvalorização da moeda norte-americana perante ao real na semana é de 0,81%. O índice nacional disparou na última sessão da semana, impulsionado por uma combinação de fatores que elevaram o apetite ao risco local: queda inesperada da dívida pública em janeiro, expectativa de novos estímulos na China e reação aos balanços corporativos. A recuperação das bolsas de Nova York também ajudaram o movimento positivo. Dados do Banco Central (BC) mostram que o setor público consolidado teve superávit primário recorde e a valorização do real reduziu a despesa com juros. O país registrou um superávit primário de R$ 104,096 bilhões em janeiro no setor público consolidado, acima da expectativa de economistas de um saldo positivo de R$ 102,135 bilhões. Esse foi o melhor resultado já registrado na série histórica do BC para todos os meses. O exterior também contribuiu para a forte alta do índice, com expectativa de novos estímulos na China a serem anunciados na próxima semana. A mineradora Vale e o bom desempenho das varejistas também contribuíram para a alavancagem dos ganhos. Lá fora, as bolsas de Nova York reduziram as perdas da semana com a recuperação das ações do setor de tecnologia. O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, afirmou que votaria a favor do avanço de uma medida republicana para financiar o governo até setembro, acabando com a ameaça de paralisação (shutdown). Além disso, a decisão sobre os juros do Federal Reserve (Fed) entrou no radar. O Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se reúne na próxima semana e a expectativa é de que o Banco Central norte-americano mantenha as taxas no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano.
As maiores altas foram da Eztec (17,68%) e Enjoei (16,81%). As baixas, Grupo Natura (-29,94%) e Azzas 2154 (-10,42%). Das cinco ações mais negociadas, quatro apresentaram evolução: B3 (10,95%), Hapvida (4,81%), Grupo Natura (-29,94%), Cogna (8,7%) e Magazine Luiza (13,48%). O volume negociado foi de R$ 27,34 bilhões.