Pouco mais da metade dos empreendedores brasileiros já sabem o que é o Pix, mas não estão prontos para operar o novo meio de pagamento eletrônico instantâneo, revela um levantamento feito pela startup Stone. A pesquisa foi realizada entre 4 e 6 de novembro, com a participação de 1.065 lojistas, de todas as regiões brasileiras, sendo 34% do varejo, 23% da alimentação, 10% de roupas e acessórios, 7% de serviços de saúde e 16% de outros segmentos. O Pix entrou em operação nesta segunda-feira (16).
O estudo mostrou que 64% dos donos de pequenos e médios negócios consultados sabem o que é o Pix. Porém, 77% dos entrevistados afirmaram que, no momento, não estavam ou não sabiam estar prontos para receber ou fazer pagamentos pelo novo modelo, sendo que 32% disseram que não pararam para estudar o assunto. As principais dúvidas dos consultados são quanto à usabilidade e funcionalidade, custos e taxas, além de segurança e confiança no sistema.
Em evento virtual organizado pelo Itaú BBA nesta quarta-feira (18), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a taxa de rejeição ao Pix ficou entre 6,5% e 6,7%, depois de atingir 9% no primeiro dia de funcionamento. Campos Neto explicou que a rejeição está ligada aos erros do usuário, como dados incorretos e tentativas repetidas de obter as chaves, o que ocasiona bloqueios por medida de segurança. Ele reforçou que o sistema de liquidação do Pix não apresenta instabilidades.
“As vantagens do Pix só serão realmente conhecidas pelos lojistas quando a adoção do novo método de fato acontecer”, explicou Breno Maximiano, head de banking da Stone.