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Fitch rebaixa rating do Brasil. Bolsa cai com notícia, mas se recupera

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou no fim da manhã de sexta-feira (23) o rating soberano do Brasil de BB- para BB. Segundo a Fitch, o corte na nota é reflexo da situação fiscal do país e a não aprovação da reforma da Previdência. “A decisão do governo de não colocar mais em votação a reforma da Previdência no Congresso representa um revés importante na agenda reformista, que prejudica a confiança para a trajetória de médio prazo das finanças públicas e do comprometimento político de abordar a questão”, afirmou a agência, que questiona se o próximo governo será capaz de conseguir a aprovação em “tempo hábil”.

Logo após a divulgação do rebaixamento, o Ibovespa chegou a cair 0,6% (de 86.755 pontos para a mínima de 86.233 pontos) depois de atingir o pico de 87.193 pontos. Mas a bolsa logo se recuperou. Às 15h15, o Ibovespa operava em estabilidade. “A notícia do rebaixamento já era esperada”, diz Pedro Galdi, analista de investimentos da corretora Magliano. “Enquanto a economia produzir boas notícias, a perspectiva da bolsa é positiva.” A Magliano projeta que o Ibovespa fecha 2018 aos 92.000 pontos.

Por que é importante

Em janeiro, outra agência, a S&P, havia rebaixado o rating brasileiro. O movimento das agências de classificação acende o alerta sobre a importância de o governo ajustar as contas públicas – fundamental para a recuperação da economia brasileira

Quem ganha

Investidores que acreditam que a bolsa vai se valorizar aproveitaram a baixa para reforçar as posições compradas

Quem perde

O governo e empresas. O rebaixamento encarece o custo de empréstimos

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