Um dos erros mais comuns de investidores amadores é escolher um fundo de investimento olhando a rentabilidade obtida no passado — seja em 6, 12 ou 36 meses. A estratégia parece fazer sentido, mas só parece. Na verdade, trata-se de uma estratégia errada. Afinal, nada garante que o retorno obtido no passado irá se repetir, já que as condições de mercado sempre mudam.Para educar o investidor, a Geo Capital, gestora com fundos que investem em ações de empresas listadas em bolsas da Europa e Estados Unidos, lançou o “baratômetro”, um indicador que leva o investidor a deixar de lado os retornos do passado e avaliar a possibilidade de retornos futuros. Funciona assim: o fundo investe numa lista de ações de 60 empresas, como Coca-Cola, Nike e Disney. “Escolhemos para o nosso portfólio as ações, entre essas 60, que consideramos baratas e têm espaço para valorização”, diz Gustavo Aranha, sócio da Geo Capital. O “baratômetro” indica o potencial de valorização média do portfólio num horizonte de cinco anos.Com esse indicador, que vai entrar nos materiais de divulgação do fundo distribuídos no mercado, os gestores sugerem os melhores momentos para o investidor aportar. “Com o ‘baratômetro’, queremos que o investidor compre na baixa e venda na alta”, diz Aranha. Por exemplo: quando as bolsas estão em alta, o índice diminui – afinal, os papeis já valorizaram. Por outro lado, quando as bolsas caem, abrem oportunidades de maior valorização, e é aí que o investidor deve aumentar os aportes.Em entrevista a MONEY REPORT, Aranha, que já integrou a equipe do investidor Luís Stuhlberger no Fundo Griffo, explica por que os brasileiros deveriam investir em empresas de outros países. “É a oportunidade de diversificar o risco e ser dono de algumas das melhores empresas do mundo”, diz. Confira.