O Ibovespa encerrou a sexta-feira (28) em baixa, mas acumulou alta de 3,48% no mês de setembro. O índice fechou o último dia da semana com queda de 0,82%, aos 79.342 pontos, após três pregões positivos, enquanto o dólar subiu 1,12%, negociado por R$ 4,04. O recuo reflete o dia negativo nas bolsas europeias, que foram pressionadas após o governo da Itália anunciar um déficit de 2,4% do PIB nos próximos três anos – o que acabou prejudicando ativos de risco espalhados pelo mundo. Os investidores também esperam pela divulgação de pesquisa Datafolha na noite desta sexta, apreensivos em relação à possibilidade de Fernando Haddad (PT) crescer ainda mais na disputa contra Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições presidenciais. Entre as cinco ações mais negociadas do dia, duas fecharam em alta: Vale (0,57%) e Itaúsa (0,50%). Fecharam em baixa as ações preferenciais da Petrobras (-1,72%), Itaú Unibanco (-0,85%) e Banco do Brasil (-2,77%).
Para Rafael Passos, analista da Guide Investimentos, o mês de setembro para o Ibovespa pode ser dividido em duas fases: a primeira mais negativa, com os investidores decepcionados após Geraldo Alckmin (PSDB) não decolar nas pesquisas e o PT crescer; na segunda, um cenário mais positivo, com o mercado assumindo Bolsonaro como candidato favorito e se animando após levantamentos mostrarem o presidenciável mais competitivo no segundo turno. No exterior, a alta das commodities e a diminuição na volatilidade das principais bolsas contribuíram para o resultado positivo. Na visão do analista, outubro deve ser marcado por altos e baixos no Ibovespa. “A volatilidade deve ser alta no próximo mês, com uma provável disputa entre Bolsonaro e Haddad bastante acirrada em um eventual segundo turno”, afirmou.