Impulsionado por um dia positivo no exterior e avanços em relação à reforma da Previdência, o Ibovespa encerrou esta segunda-feira (11) em alta de 2,79%, aos 98.027 pontos, na sua valorização mais expressiva desde o primeiro pregão do ano. Com o resultado, o índice se aproximou do seu recorde de 98.589 pontos, obtido no fechamento do dia 4 de fevereiro.
A bolsa iniciou este movimento de alta ainda na sexta-feira (8), após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar em entrevista à edição online do Estadão que faltam apenas 48 votos para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Outra declaração de Guedes ao veículo, publicada na versão impressa de domingo, também animou os investidores. O “posto Ipiranga” disse que o governo pretende enviar uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) ao Senado propondo a desvinculação total do orçamento da União, que tem a maioria dos gastos engessados atualmente. O encontro no sábado (9) entre Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também deixou o mercado mais otimista. A reunião no Palácio da Alvorada serviu para ambos alinharem a articulação política em torno da reforma previdenciária. No exterior, as principais globais registraram alta em um dia de baixa aversão ao risco.
O destaque corporativo do pregão foi a Azul, cujas ações (que não compõem o Ibovespa) subiram 6,45%, cotadas a R$ 39,45, após a companhia aérea assinar acordo para comprar ativos da Avianca Brasil, que passa por processo de recuperação judicial. As cinco ações mais negociadas do dia fecharam em alta: preferenciais da Petrobras (4,05%), Vale (2,11%), Itaú Unibanco (3,27%), Bradesco (4,06%) e Banco do Brasil (3,07%). O dólar comercial recuou pela segunda sessão consecutiva (-0,73%), fechando em R$ 3,84.