A semana abriu de forma negativa para os mercados emergentes. Como ocorreu em outros países, o dólar comercial subiu pelo quinto pregão consecutivo no Brasil, encerrando a segunda-feira (10) negociado por R$ 3,92 – alta de 0,64% no dia. Apesar de ter reservas internacionais sólidas, acima de US$ 380 bilhões, o país também sofre com o cenário externo conturbado, que se intensificou desde a última semana com o aumento da tensão comercial entre Estados Unidos e China e incertezas em relação ao Brexit. “O problema não está no mercado doméstico, mas sim no estrangeiro, afetando todos emergentes”, afirma Rafael Passos, analista da Guide Investimentos. Mesmo assim, ele ressalta que o Brasil ainda é um dos países em desenvolvimento mais seguros para investir.
Além de refletir o cenário de maior aversão ao risco, o Ibovespa foi negativamente impactado pela baixa no preço do petróleo, que derrubou as ações da Petrobras. O índice despencou 2,5%, aos 85.915 pontos, em sua terceira queda consecutiva. As cinco ações mais negociadas do dia fecharam em baixa: preferenciais da Petrobras (-5,37%), Vale (-2,13%), Bradesco (-1,93%), Itaú Unibanco (-2,67%) e Banco do Brasil (-2,93%). A principal notícia do dia foi o adiamento da votação sobre o acordo do Brexit, no Reino Unido, que gera nova crise política na Europa.