No último domingo (25), o bitcoin chegou ao seu menor valor em mais de um ano, sendo negociado por menos de US$ 3.500. Em duas semanas, a criptomoeda mais famosa do mundo acumula perdas de aproximadamente 40%, após autoridades americanas passarem a investigar supostas fraudes e irregularidades do setor. Além dessa crise de credibilidade, o bitcoin sofre pela falta de fundamento enquanto moeda, na opinião de André Perfeito, economista-chefe da corretora Spinelli.
“Não vejo o bitcoin como moeda. No fundo, ele é um meio de pagamento, validado através do processo de mineração, pela formação de blocos, que não é necessariamente seis mil dólares pela unidade”, explica o analista. Na sua opinião, o preço do bitcoin e das demais criptomoedas tende a convergir para algo mais próximo ao seu custo de produção, oscilando pouco a partir de então. “Não acho que o bitcoin vai acabar, mas creio que o seu preço vai estacionar em algum patamar.”
Apesar disso, Perfeito crê que essas moedas vieram para ficar. “Como meio de pagamento, elas vão permanecer. Serão mercadorias como maquininhas de cartão de crédito, por exemplo”, afirma. “O blockchain (tecnologia que dá sustentação às criptomoedas) está sendo incorporado pela indústria financeira rapidamente.”