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Sob “tempestade perfeita”, Ibovespa tem pior semana desde a JBS

O Ibovespa encerrou em baixa de 1,53% nesta sexta-feira (25), aos 78.898 pontos, fechando a semana com queda de 5,04%. Foi a pior semana desde delação de Joesley Batista, da JBS, contra Michel Temer, que provocou queda de 8,31% da bolsa em maio. “Vivemos uma tempestade perfeita”, diz Pedro Galdi, analista de investimentos da Mirae Corretora. Segundo ele, o mau desemprenho não decorre apenas do caos interno, com as greves dos caminhoneiros e a interferência do governo na política de preços da Petrobras, mas das tensões geopolíticas externas, como a recente declaração do presidente americano, Donald Trump, que cancelou a reunião com a Coréia do Norte. O Down Jones e o S&P 500 fecharam em queda de 0,24%.

Galdi não acredita que a Petrobras voltará à fase de Dilma Rousseff, quando o governo controlava o preço da gasolina e direcionava os investimentos, afetando os resultados da empresa. “Não seria uma postura inteligente, desgastaria o governo e acabaria com a imagem do país.” Os papéis preferenciais e ordinários da petroleira fecharam em queda de 1,39% e 0,73%, respectivamente. O analista prevê que a situação de volatilidade continuará até as eleições. Mas ele acredita na valorização do Ibovespa.  “Independentemente do candidato que ganhar, ele terá que ser pró-reforma”, diz. “Isso, junto com cenário de inflação e juros baixos, justifica o viés de alta para a bolsa.” Além dos papéis da Petrobras, as outras ações mais negociadas do dia encerram em baixa: Vale (1,87%), Itaú (0,88%) e Ambev (0,84%).

O dólar avançou 0,55% cotado a R$ 3,66. No acumulado da semana, caiu 1,91%.

Por que é importante

O mundo vive um período de redução de liquidez financeira para países emergentes. Ou seja, atrair capital estrangeiro será mais difícil do que nos últimos anos, quando o cenário de juros baixos nos Estados Unidos e Europa incentivava a tomada de risco nos mercados emergentes. Criar um ambiente de estabilidade é o mínimo que o Brasil precisa fazer para não ver uma maciça fuga de capitais

Quem ganha

As ações da Eletrobras registraram a maior alta do dia (3,08%), cotadas a R$ 18,07

Quem perde

As ações da Usiminas registraram a maior baixa do dia (6,15%), cotadas a R$ 9,01

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