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5 passos para a reforma tributária

Especialistas alertam que a adaptação antecipada pode reduzir custos e evitar problemas futuros

A transição para o novo regime tributário brasileiro só começará em 2026, mas especialistas recomendam que as empresas iniciem o planejamento desde já para garantir uma adaptação eficiente e evitar impactos financeiros negativos.

A Reforma Tributária, sancionada pela Presidência da República em 16 de janeiro de 2025, trará mudanças significativas para as empresas, que precisarão operar simultaneamente sob as regras atuais e as novas normas fiscais até 2033. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) alerta que os investimentos em sistemas de gestão tributária e consultoria podem representar entre 0,5% e 2% do faturamento anual das empresas durante o período de transição.

“Embora haja um prazo longo para a adequação, as empresas que se anteciparem terão a vantagem de compreender as mudanças, testar cenários e implementar ajustes de forma estratégica. As que deixarem para a última hora correrão o risco de fazer adaptações desorganizadas, sem projeções precisas, o que atrairá impactos negativos”, explica Márcio Martins, sócio-diretor da Apter, consultoria especializada em tributação, auditoria, outsourcing e tecnologia.

Entre as principais mudanças, destaca-se a fase de testes da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) em 2026, com alíquotas iniciais de 0,9% e 0,1%, respectivamente. Em 2027, a previsão é que esses tributos somem entre 26% e 28%. Além disso, o PIS e a Cofins serão substituídos pela CBS, e a transição do ICMS e ISS para o IBS ocorrerá entre 2029 e 2032.

Diante desse cenário, Martins aponta cinco passos fundamentais para uma transição bem-sucedida:

  1. Aproximação com parceiros de tecnologia
    A nova legislação exigirá sistemas tributários mais robustos. Por isso, é essencial que as empresas estabeleçam parcerias com fornecedores de tecnologia para garantir uma transição sem dificuldades.
  2. Revisão da cadeia de fornecedores
    O fim dos incentivos fiscais regionais pode elevar os custos das mercadorias. Com os créditos tributários sendo gerados no local do cliente, é essencial reavaliar fornecedores não apenas pelo preço, mas também pelos impactos fiscais.
  3. Reavaliação de preços e contratos
    A mudança na apuração de impostos exige projecções financeiras para 2027. Contratos deverão incluir cláusulas para ajustes de custos conforme a nova tributação.
  4. Análise da cadeia logística
    Empresas localizadas em regiões com incentivos fiscais precisarão reavaliar suas estruturas logísticas, como fábricas e centros de distribuição, para evitar prejuízos com a nova carga tributária.
  5. Avaliação dos modelos de pagamento
    Com a reforma, o crédito tributário só poderá ser utilizado se os tributos forem efetivamente pagos pelos fornecedores. Por isso, revisar fluxos de pagamento será essencial para evitar impactos negativos no caixa.

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