Pesquisa mostra que complemento de renda, realização de sonho pessoal e quitar dívidas são os principais motivos que levam os profissionais brasileiros a buscar renda extra
Uma pesquisa recente realizada pela Hostinger, empresa especializada em hospedagem de sites e suporte a empreendedores, revela que 60% dos brasileiros possuem dois ou mais empregos. Os principais motivos que levam esses profissionais a buscar uma renda extra incluem a necessidade de complementar a renda, a realização de sonhos pessoais e o pagamento de dívidas.
Segundo o levantamento, 31% dos entrevistados buscam uma segunda fonte de renda para alcançar segurança financeira, enquanto 26% desejam aumentar seus ganhos mensais. Outros 25% têm como objetivo realizar um sonho pessoal e 6% utilizam o segundo emprego para quitar dívidas acumuladas. A pesquisa, conduzida entre 15 de agosto e 20 de setembro nas principais capitais brasileiras, concentrou-se nos objetivos profissionais dos respondentes, sem distinção de gênero.
Horas dedicadas ao segundo emprego variam conforme o objetivo
Os profissionais que buscam complementar sua renda costumam dedicar entre 6 e 10 horas por semana a um segundo emprego. Aqueles que trabalham para realizar um sonho pessoal costumam investir de 3 a 5 horas semanais, enquanto os que priorizam a segurança financeira chegam a trabalhar mais de 15 horas por semana além de sua ocupação principal.
Em termos de escolaridade, 43% dos entrevistados têm graduação completa, 27% possuem pós-graduação, e 22% concluíram o Ensino Médio. Entre os pós-graduados, 19% já se dedicam exclusivamente a seus próprios negócios. Já entre os graduados, 19% atuam na área de desenvolvimento de software, e 38% são pequenos empreendedores.
Freelancers e vendas online ganham destaque
O estudo também revela que 15% dos brasileiros que buscam uma renda extra trabalham como freelancers ou autônomos. Já aqueles que se dedicam a objetivos de longo prazo, como a realização de projetos pessoais, concentram seus esforços na venda de produtos e serviços online (12%). A venda de produtos pela internet, inclusive, se destaca como a principal escolha para quem busca complementar a renda e quitar dívidas.
Rafael Hertel, diretor de marketing da Hostinger, enfatiza o potencial do comércio online no Brasil. “O cenário é promissor para quem quer aumentar as vendas e transformar um trabalho extra em um negócio rentável. Para isso, é fundamental utilizar plataformas de sites acessíveis e eficientes, que ajudem a empreender com qualidade”, afirma.
Desafios e estratégias para crescer no mercado online
A pesquisa da Hostinger também destaca os desafios enfrentados por quem tenta conciliar um segundo emprego com o trabalho principal. Cerca de 20% dos entrevistados mencionam a dificuldade em administrar o tempo para ambas as atividades, enquanto 12% relatam falta de investimento para impulsionar seus negócios na internet. Além disso, 23% afirmam ter dificuldade em atrair novos clientes e divulgar suas marcas.
Para contornar essas barreiras, 65% dos entrevistados apostam em marketing digital como estratégia de crescimento, investindo em redes sociais e em ferramentas como o Google Ads para divulgar seus negócios.
Carolina Peres, CEO da Search One Digital, destaca a importância do planejamento: “O marketing digital é uma ótima oportunidade para ganhar visibilidade e aumentar as vendas, mas é preciso um planejamento estratégico para que o negócio cresça de forma sustentável. Com dedicação e cautela, é possível transformar uma fonte de renda extra em um empreendimento de sucesso.”
Cenário empreendedor no Brasil
O ambiente de negócios no Brasil também tem mudado. De acordo com dados do Serasa Experian, o país possui 19,3 milhões de empresas registradas, das quais 99% são Micro e Pequenas Empresas (MPEs). Essas empresas representam 27% do Produto Interno Bruto (PIB) e são responsáveis por 62% das oportunidades de emprego no país.
Durante a pandemia, o número de novos empreendedores aumentou significativamente, com cerca de 3 milhões de registros de microempreendedores individuais (MEIs), que hoje representam 80% das novas empresas abertas no Brasil.