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Agropecuária lidera desempenho das exportações

Volume exportado cresceu 0,9% e as importações recuaram em 7,0% no primeiro trimestre da balança comercial

O Indicador de Comércio Exterior (Icomex) do primeiro trimestre da balança comercial divulgado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas Econômicas Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV) nesta terça-feira (19), destaca que, entre março de 2021 e 2022, as exportações aumentaram 19,4% e as importações, 21,5%. O volume exportado cresceu 0,9% e as importações recuaram em 7,0%. O aumento do valor é, portanto, explicado pelo comportamento dos preços: uma elevação de 17,8% nas exportações e 30,3% nas importações. Esse mesmo resultado se repete na comparação internanual dos primeiros trimestres de 2021 e 2022. Em volume, as exportações cresceram (9,5%) e as importações caíram 4,3%.

O Icomex aponta que o aumento de preços é liderado pelas importações dos bens intermediários da agropecuária e de bens da indústria extrativa. Ademais, é ressaltada a queda da participação da China nas exportações do primeiro trimestre do ano, interrompendo a trajetória de crescimento, iniciada em 2016.

As exportações de commodities, em março, cresceram, em valor, 15,8% e as de não commodities 28,0%. A maior variação das não commodities é explicada pelo aumento no volume (8,0%) e nos preços (18,1%). As vendas, em volume, das commodities recuaram em 2,7%, mas os preços aumentaram com percentuais similares aos das não commodities, 18,3%. Quando se observa o resultado do trimestre, porém, os percentuais do aumento do volume e dos preços das commodities e não commodities estão próximos. No caso do volume, o aumento das commodities foi de 9,6% e das não commodities de 9,4%. E nos preços, os percentuais foram de 18,4% e 17,3% para as commodities e as não commodities.

O Brasil registrou saldo positivo de US$ 3,7 bilhões em petróleo e derivados, o que representou 31% do superávit global da balança brasileira. Não obstante o crescimento em volume e preços das exportações desse grupo de commodities, as variações nos preços das importações, 71,1%, e no volume, 25,0%, superaram as das exportações. No mês de março, o aumento dos preços importados desacelerou em relação às comparações interanuais entre 2021 e 2022 dos meses anteriores, que foram de 72,4% (janeiro), 89,7% (fevereiro) e 53,9% (março). A valorização do real pode ajudar, mas o fator principal é o efeito da Guerra entre a Rússia e a Ucrânia e não se espera movimentos de deflação nos preços do petróleo.

A agropecuária liderou o aumento, em valor, das exportações (32,1%), seguida da indústria de transformação (28,2%), entre março de 2021 e 2022, enquanto a indústria extrativa registrou queda de 6,7%. Na comparação entre o primeiro trimestre do ano de 2021 e o de 2022, a agropecuária confirmou a sua liderança, com aumento, em valor, de 72,6%, seguida da transformação (33,6%) e da extrativa (0,2%).

Nas importações, a liderança vai para a indústria extrativa em termos de preços (81,9%) e volume (11,2%), pois os volumes importados da agropecuária e da indústria de transformação caíram em relação a março de 2021. A pauta de importações da extrativa está concentrada em produtos do setor de energia, como explicam as participações de três produtos no total da importações do setor: petróleo (42,3%); gás natural (30.7%); e, carvão (21,4%). Todos os três registraram aumento no preço médio US$/tonelada, segundo os dados da Secretaria de Comércio Exterior: 43,5% (petróleo); 57,7% (gás natural); e, 199% (carvão). No volume medido por quilograma, as importações de petróleo aumentaram 114% e as de gás natural e carvão caíram, respectivamente, 15,3% e 31,7%.

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