O Banco Central informou ontem que a alta do dólar, cuja cotação cresceu 45 % em relação ao real nos últimos doze meses, fez aumentar a dívida das empresas que tomaram empréstimos em moeda americana. O total destes débitos é de US$ 482 bilhões. A disparada do dólar fez com que o volume das dívidas, antes equivalente a R$ 1,9 trilhão, fosse para a casa de R$ 2,8 trilhões.
Segundo levantamento da XP Investimentos, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, os setores mais atingidos são Petróleo e Combustíveis, Mineração e Siderurgia, Papel e Celulose, Bens de Capital e Alimentos e bebidas. Nem todas as empresas endividadas, no entanto, sofrem com a desvalorização do real. Neste grupo, há aquelas que são exportadoras e têm receitas também atreladas ao dólar. Nesses casos, o impacto é menor — mas mesmo assim, devido a descasamentos entre débitos e créditos, também contabilizam prejuízos.