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Antes de votar, uma última conferida nas propostas

O desafio será promover desenvolvimento, emprego e renda. Cada presidenciável tem sua fórmula – nenhuma grandemente liberal

Entre os dois candidatos com mais chance de vitória, há dois blocos distintos de propostas econômicas: a de cunho intervencionista na linha social-democrata [Lula] e outra quase neoliberal [Bolsonaro]. Considerando as propostas de governo, eis os principais pontos de cada um:

Lula

  •     Combate à inflação;
  •     Fim da política de paridade internacional de preços da Petrobras;
  •     Revogação da lei do teto de gastos;
  •     Revogação de marcos regressivos da atual legislação trabalhista;
  •     Revisão da Previdência;
  •     Reforma tributária com simplificação de tributos e adoção de um modelo progressivo;
  •     Retomada de investimentos públicos em infraestrutura e habitação;
  •     Não privatização da Eletrobras;
  •     Dar atenção aos mais pobres no planejamento do Orçamento.

Bolsonaro:

  •     Privatização das estatais;
  •     Liberdade econômica como mecanismo de promoção de bem-estar social;
  •     Simplificação de impostos e correção da tabela do Imposto de Renda;
  •     Trabalhar para que o Brasil ingresse na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE);
  •     Manutenção do Auxílio Brasil.

Esmiuçando um pouco mais

Lula (PT)

O petista quer revogar o teto de gastos e revisar o atual regime fiscal. Sua reforma tributária buscaria a simplificação dos impostos de consumo, além da taxação de grandes fortunas. O candidato também diz ter compromisso com o desenvolvimento econômico sustentável com estabilidade e previsibilidade, para superar a crise e conter a inflação.

O programa de Lula menciona o aperfeiçoamento da tributação sobre o comércio internacional, desonerando progressivamente produtos com maior valor agregado e tecnologia embarcada.

Já na parte de benefícios e auxílios sociais, o candidato quer promover um “Bolsa Família renovado e ampliado”, embora não dê muitos detalhes. Lula é a favor de manter o Auxílio Brasil de R$ 600 para além de dezembro de 2022.

O candidato é contra a privatização da Petrobras e também se opõe à privatização da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), dos Correios e da Eletrobras.

Ele quer implementar uma nova política de preços dos combustíveis e do gás que considere os custos nacionais e que seja adequada à ampliação dos investimentos em refino e distribuição e à redução da carestia.

O petista propõe uma nova legislação trabalhista que inclua domésticas, trabalhadores de aplicativo e em home office.

Bolsonaro (PL)

O atual presidente lista em seu programa medidas já conhecidas, como privatizações e simplificação de impostos. Ele quer consolidar o crescimento econômico sustentado no médio e longo prazo. O foco será no ganho de produtividade, na eficiência econômica e na recuperação do equilíbrio fiscal.

Para seu segundo mandato, Bolsonaro quer se concentrar em políticas para formalização dos trabalhadores. Entre as suas prioridades, está a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 para além do prazo de dezembro de 2022.

Para apoiar o crescimento econômico, a proposta é de consolidar o aperfeiçoamento do planejamento e gestão das contas públicas, estabelecendo metas e prioridades de gastos.

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