A montadora francesa Renault anunciou nesta sexta-feira (14) que pode fechar algumas de suas fábricas como forma de reduzir custos. O anúncio ocorre após a divulgação de resultados de 2019, ano em que registrou um prejuízo líquido de 141 milhões de euros (cerca de R$ 658 milhões). Esta foi a primeira vez em dez anos que a empresa registrou perdas. A crise é marcada pela prisão de Carlos Ghosn, ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. O executivo foi preso no Japão, em novembro de 2018, após quatro acusações. Apesar de apresentar resultados negativos em suas operações globais, a Renault anunciou que as vendas no Brasil cresceram 11,3% em 2019 em comparação com 2018. Segundo as informações do relatório anual de vendas da companhia, o resultado foi impulsionado pelo modelo popular Kwid. Em meio à crise, o presidente da empresa, Jean-Dominique Senard, afirmou que confia na nova equipe administrativa. Em julho deste ano, o executivo italiano Luca de Meo, ex- Volkswagen, deve se tornar o novo CEO da Renault.