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Balança comercial de 2024 deve atingir superávit de US$ 70,4 bi

Dados consolidados serão divulgados nesta segunda (6)

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgará nesta segunda-feira (6) os dados consolidados da balança comercial brasileira de 2024. Segundo projeções da própria pasta, o superávit deve atingir US$ 70,4 bilhões, resultado da diferença entre exportações estimadas em US$ 335,7 bilhões e importações de US$ 265,3 bilhões.

Embora represente uma queda de 28,82% em relação ao recorde de US$ 98,9 bilhões registrado em 2023, o saldo projetado para 2024 é o segundo maior da série histórica iniciada em 2013. A coletiva de imprensa com os dados oficiais está marcada para as 15h15.

Desafios e potencialidades

Os números da balança comercial são um termômetro essencial da economia brasileira, revelando o equilíbrio entre exportações e importações e indicando a competitividade do país no cenário global. Em 2024, produtos tradicionais como soja, milho, carne, minério de ferro e petróleo mantiveram sua relevância, enquanto itens “não tradicionais”, como açaí e castanha-do-pará, ganharam espaço no mercado internacional.

Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, destacou a importância dessa diversificação. “A safra de soja, milho e carne vai continuar se expandindo, mas os produtos ‘não tradicionais’ já representam um incremento de 7% na balança comercial e devem continuar avançando”, afirmou.

Um indicador de força econômica

O superávit comercial indica que o Brasil exportou mais do que importou, reforçando a robustez da economia e ampliando as reservas de divisas estrangeiras. Por outro lado, um déficit comercial poderia sinalizar maior dependência de produtos estrangeiros e desafios como escassez de divisas.

Os dados também permitem identificar setores em ascensão e orientar políticas econômicas. O governo pode, por exemplo, adotar medidas para estimular exportações, ajustar tarifas e explorar novos mercados, contribuindo para diversificar a economia e fortalecer a posição brasileira no comércio global.

Perspectivas para 2025

Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento na exportação de produtos tradicionais e avanço dos “não tradicionais”. Além disso, o governo federal planeja dobrar a abertura de mercados agrícolas até 2026, o que pode ampliar ainda mais o saldo positivo da balança comercial.

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