O presidente Jair Bolsonaro criticou o Senado, na manhã desta quinta-feira (20), pela derrubada do veto que congelava o reajuste de servidores públicos durante a pandemia do novo coronavírus. “Se esse veto não for mantido na Câmera, é impossível governar o Brasil”, disse. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia condenado o resultado da votação, ocorrida na noite de quarta-feira (19). O veto presidencial garantia o congelamento salarial do funcionalismo até o final de 2021.
“O Senado derrubou um veto que vai dar prejuízo de R$ 120 bilhões para o Brasil”, comentou Bolsonaro. A votação do Senado, agora, precisa ser confirmada pela Câmera. “É responsabilidade de todo mundo ajudar o Brasil a sair do buraco” afirmou o presidente. O congelamento dos salários dos servidores foi uma contrapartida negociada pelo governo com o Congresso para aprovar o pacote de socorro de R$ 60 bilhões a estados e municípios. Pelos cálculos do Ministério da Economia, a derrubada do veto pode comprometer entre R$ 121 bilhões e R$ 132 bilhões.
Na manhã de hoje, o líder do governo na Câmera, deputado Ricardo Barros (PP-PR), já tentava articular a manutenção do veto. O parlamentar irá tentar realizar uma videoconferência com aliados do governo antes da sessão marcada para as 15h, de preferência ainda no período da manhã, para “organizar a base” e, assim, garantir ao veto presidencial.