Foram convocados os ministros Paulo Guedes, Carlos França, Luiz Ramos e Fávia Arruda. País cumpriu 103 dos 251 requisitos para entrar no grupo dos ricos
O presidente Jair Bolsonaro mudou a composição inicial do conselho que prepara e fiscaliza a adesão do Brasil à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Além dos ministros das Relações Exteriores, Carlos França, e da Economia, Paulo Guedes, passam a integrar o grupo os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Ramos, e da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. “Ao agregar um ator importante nas decisões de cunho político, principalmente na comunicação com a Assembleia Nacional, o governo espera fortalecer o processo de adesão do Brasil à OCDE”, comunicou a Secretaria-Geral da Presidência. A escolha foi divulgada nesta terça-feira (15).
6 países
No final de janeiro, a OCDE anunciou ter iniciado negociações com seis países para ingressar na entidade. Além do Brasil, Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia foram aceitos para o início das negociações.
O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, informou em 25 de janeiro que o presidente Jair Bolsonaro havia assinado a carta-convite da entidade. Na ocasião, determinou também a criação de uma unidade no Itamaraty dedicada exclusivamente às relações com a OCDE, com formação de novos quadros e diplomacia econômica.
Desde a solicitação, feita em 2017, o Brasil já cumpriu a 103 dos 251 critérios exigidos. Os demais 148 deverão ser apresentados nos próximos 3 anos. De acordo com o Ministério da Economia, as questões fiscais são o maior obstáculo para a uma vaga. É aí que entraria em ação o conselho, que precisa, com ajuda do presidente, influenciar o Congresso pela derrubada de barreiras protecionistas, criação de segurança jurídica e adequação de normas. Sediada em Paris, a OCDE defende o progresso econômico e o comércio mundial em larga escala nos ditames da democracias liberais engajadas na economia de mercado.
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