Estudo para a OCDE mostra a ingestão per capita de proteína aninal nos principais países
Mesmo com a alta real de 22% no preço dos cortes bovinos nos últimos 12 meses e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontando aumento de 9,98% na inflação em 2021, em relação ao ano anterior, o Brasil ainda se configura como o terceiro maior consumidor mundial de carne. Na média, são 24,6 quilos por pessoa ao ano.
O estudo foi divulgado nesta quarta-feira (16) e envolveu a participação da plataforma CupomValido.com.br, em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O resultado aponta o consumo de proteína bovina nos principais países.
No ranking mundial, o Brasil fica atrás somente dos Estados Unidos (26,1 kg/capita) e da Argentina (36,9 kg/capita), seguido por Israel (23,3 kg/capita) e Chile (20,5 kg/capita). Na ponta oposta, a Índia é que menos consome carne no mundo (0,5 kg/capita), precedido pela Tailândia (1,2 kg/capita) e Nigéria (1,3 kg/capita). No caso dos indianos, os preceitos da religião hinduísta justificam o baixo consumo de proteína bovina.
Dentre as proteínas mais consumidas no Brasil, destacam-se o ovo (19,1%), frango (14,6%), carne de segunda (14,1%) e outros tipos não discriminados pelo levantamento (45,2%). As carnes nobres contemplam 7% do público consumidor.
Perspectiva
Nos últimos 50 anos o consumo de carne aumentou mais de cinco vezes. Segundo a projeção realizada pelo estudo, a expectativa é que, na média, o consumo aumente ano após ano, atingindo 43,7 kg/capita em 2030.
Crise
A Argentina é um dos poucos países que o consumo tem caído significativamente. Apesar de ainda ser a nação que mais consome carne no mundo, em 1990, os argentinos chegaram a consumir 40% a mais que os valores atuais. A crise econômica que o país tem enfrentado nos últimos anos é um dos fatores da diminuição.
O que MONEY REPORT publicou