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Brasil lidera ranking global de juros de dívida

País possui dívida bruta equivalente a 84,67% do Produto Interno Bruto (PIB) e uma taxa de juros básicos de 11,25%

O Brasil apresenta uma das maiores taxas de juros de dívida do mundo, com uma dívida bruta equivalente a 84,67% do Produto Interno Bruto (PIB) e uma taxa de juros básicos de 11,25%. Isso resulta em um encargo sobre a dívida que corresponde a 5,97% do PIB, colocando o país no topo do ranking global de encargos com juros.

De acordo com o relatório anual do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB), que utilizou dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), do JPMorgan e do Banco de Compensações Internacionais (BIS), o Brasil é seguido por outros países que também enfrentam encargos elevados. O México apresenta uma dívida bruta de 53,09% do PIB, com juros que representam 5,83% do PIB, enquanto a Índia tem uma dívida de 82,75% do PIB, gerando encargos de 5,27%.

As nações com as maiores dívidas brutas incluem o Japão (252,36% do PIB), Argentina (154,54%), Itália (137,28%), Estados Unidos (122,15%) e França (110,64%). Essas taxas demonstram a magnitude do endividamento público em comparação com o PIB, refletindo desafios econômicos variados.

No relatório entregue ao G20, o presidente do FSB, Klaas Knot, destacou que as políticas financeiras atuais ainda não foram totalmente implementadas, gerando um cenário de incerteza. A combinação de expansão fiscal e desaceleração econômica após a pandemia levou a um aumento recorde da dívida pública, um assunto que o FSB considera crítico para a estabilidade financeira global.

A contínua elevação nos encargos com juros não afeta apenas os governos, mas também as famílias e empresas. Klaas Knot alertou que muitos mutuários permanecem vulneráveis a choques financeiros em um contexto de crescimento global modesto e níveis elevados de dívida. A preocupação é que, em um ambiente de juros altos, a capacidade de serviço da dívida aumente, exacerbando a vulnerabilidade econômica.

O FSB enfatiza que a persistência desse cenário pode elevar o prêmio de risco associado a essas nações, complicando ainda mais a gestão da dívida e os encargos com juros. Um acompanhamento contínuo das condições econômicas será essencial para mitigar esses riscos

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