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Busca por crédito despenca 26% em março

Movimento de baixa se estende por seis meses consecutivos, mesmo com sinais de retomada da atividade econômica no país, aponta Neurotech

A procura por crédito no Brasil despencou em março, registrando um tombo de 26% em relação ao mesmo mês de 2023, segundo dados do Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC). Esse movimento de baixa se estende por seis meses consecutivos, mesmo com sinais de retomada da atividade econômica no país.

O setor varejista lidera a retração, com queda de 33% na comparação anual. Bancos e financeiras também não se saem bem, com recuo de 27% na demanda. Já o setor de serviços, por outro lado, apresenta um ponto fora da curva, registrando um aumento de 12% na busca por crédito.

Na análise mensal, comparando março com fevereiro de 2024, o único segmento que registra alta é o varejo, com um tímido crescimento de 3%. Em contrapartida, os demais setores amargam quedas: -28% para bancos e financeiras, e -3% para serviços.

Cautela e endividamento

Segundo Natália Heimann, head de Produtos Analytics da Neurotech, os dados indicam que os consumidores ainda estão se ajustando após as dificuldades financeiras do final de 2023. “Mesmo com a lenta recuperação da economia, muitos brasileiros se endividaram no ano passado para suprir suas necessidades. Isso se reflete nos índices de 2024 na comparação anual”, explica a especialista.

Heimann ainda ressalta que a tendência é de maior cautela por parte dos consumidores até o final do ano, em um contexto de alta generalizada dos preços. “As pessoas estão se planejando com cuidado, aguardando que a queda da taxa de juros básica se traduza em benefícios concretos”, afirma.

Varejo sofre, supermercados se salvam

No setor varejista, apenas a categoria de supermercados apresenta uma recuperação nos últimos 12 meses, com alta de 8%. As demais categorias amargam quedas: -59% para lojas de departamento, -54% para vestuário, -38% para eletrodomésticos e móveis, e -11% para outros itens.

Na comparação mensal, o recuo mais expressivo do varejo é no segmento de eletrodomésticos e móveis (-6%), seguido por vestuário (-2%) e outros (-2%). Já supermercados (+7%) e lojas de departamento (+3%) registram leves altas.

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