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Caminho está pavimentado para queda da Selic, diz Haddad

Expectativa é de redução até 0,5 ponto. Ministro avalia que “ventos estão favoráveis”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (28), em São Paulo, que “os ventos estão favoráveis” no país, o que tornaria necessário – e urgente para governo e empresários – que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) baixasse os juros básicos da economia, a taxa Selic. Os fatores determinantes são a queda do desemprego e a elevação da nota do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch e DBRS, assim como ocorreu em junho com a S&P. Para o ministro há razões para comemorar diante do cenário favorável. Em contraparte, aumenta a pressão sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A expectativa do mercado é que os juros caiam até 0,5 ponto percentual, dos atuais 13,75% para até 13,25%.

“Apesar do índice de desemprego estar abaixo da média dos últimos anos para o mês, a economia está sofrendo um processo de desaceleração por conta do juro real na casa de 10%, o que é quase o dobro do país que mais cobra juros depois do Brasil. Os ventos estão favoráveis. O mundo está olhando para o Brasil com outros olhos e outra percepção. E está mais do que na hora de nós alinharmos a política fiscal e monetária para o Brasil voltar a sonhar com dias melhores”, disse em entrevista coletiva.

Segundo o ministro, a inflação “está muito controlada”, o que daria, na comparação internacional, um espaço “extraordinário para o Brasil crescer mais e gerar mais oportunidades”.

Para Haddad, o caminho para o corte da Selic já está pavimentado. “Com certeza o caminho está pavimentado. No começo do ano, a pergunta era se o juro iria cair. Depois, passou a ser quando o juro ia cair. E, agora, quanto”, disse o ministro, acrescentando que existe “muito espaço para um corte razoável” na Selic na próxima reunião do Copom, terça-feira (1) e quarta-feira (2).

“Estamos muito distantes do que o BC [Banco Central] chama de juro neutro, que é inferior a 5%. Estamos com o dobro do juro neutro. Então há um espaço generoso para aproveitar”.

De acordo com o ministro da Fazenda, a alta taxa de juros brasileira gera preocupação no governo. “Nossa preocupação é com a desaceleração. A receita não está correspondendo. Temos que retomar a economia”, defendeu.

Questionado se sonha com um número mais ideal para a Selic, Haddad sorriu, fazendo sinal de positivo com a cabeça. “Eu imagino um número. Vamos fazer uma conta simples. Se nós quisermos atingir um patamar de juro neutro, temos que cortar 5% a taxa de juro real, o que dá dez [reuniões do] Copom a meio por cento. Dez Copons é quase até o final do mandato do atual presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto]. Ele tem 12 Copons. Então dá para ele ficar com muita vantagem. E ele ainda ficará acima do juro neutro”.

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