O crescimento do país está perdendo força e as empresas menores estão sofrendo o impacto de um recente aumento nos preços das matérias-primas.
A China reduzirá a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas, liberando cerca de 1 trilhão de yuans (US$ 154,19 bilhões) em liquidez de longo prazo para sustentar sua recuperação econômica pós-Covid que está começando a perder força. O Banco Popular da China informou em seu site que reduziria o índice de reserva compulsória (RRR) para todos os bancos em 50 pontos base (bps), em vigor a partir de 15 de julho.
A segunda maior economia do mundo recuperou amplamente para seus níveis de crescimento pré-pandemia, impulsionada por um setor de exportação surpreendentemente resiliente. Contudo, o crescimento está perdendo força e as empresas menores estão sofrendo o impacto de um recente aumento nos preços das matérias-primas.
Expectativa
O esforço limitado de estímulo ocorre dias antes da divulgação dos números de produção do primeiro trimestre, que devem mostrar que a segunda maior economia do mundo está crescendo a uma taxa abaixo da meta de Pequim. A redução de 25 pontos base no índice de compulsório dos bancos, em teoria, permite que eles injetem mais de 500 bilhões de iuanes (US$ 78 bilhões) em novos empréstimos na economia. Os analistas estão céticos de que tais medidas, mesmo se acompanhadas de cortes nas taxas, serão suficientes.
“Se a demanda for forte, a flexibilização permitirá que as empresas tomem empréstimos e se expandam produtivamente, mas esse não é o problema na China”, disse Michael Pettis, professor de finanças da Universidade de Pequim. “Há muito pouca evidência de forte demanda. Mesmo antes do último surto de Covid, o consumo estava em queda.”
O Bureau Nacional de Estatísticas da China deve divulgar suas estimativas para o produto interno bruto do primeiro trimestre na segunda-feira. A segunda maior economia do mundo cresceu 4% ano a ano nos últimos três meses de 2021 e terá dificuldades para cumprir a meta oficial de crescimento anual do governo central de 5,5% para 2022.