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China espionaria EUA por redes móveis caribenhas frágeis, aponta The Guardian

Redes telefônicas e de internet de países do Caribe teriam servido de conexão insuspeita para que a China espionasse norte-americanos, apontou o especialista em segurança de redes móveis Gary Miller ao jornal britânico The Guardian, na edição desta terça-feira (15). Baseado em Washington, o especialista analisou dados sensíveis e explorou pontos vulneráveis nas redes de telecomunicações dos Estados Unidos por onde, eventualmente, a China poderia rastrear e interceptar as comunicações americanas.

Miller explicou que mensagens são trocadas por operadoras de telecomunicações em toda a rede global sem o conhecimento dos usuários. Esses envios permitem que a localização de celulares, a conexão entre usuários e a avaliação de tarifas de roaming. Todavia, nem todas essas trocas são feitas pelas operadoras, muito menos têm fins legítimos. “As agências governamentais e o Congresso [dos EUA] estão cientes das vulnerabilidades da rede móvel pública há anos”, afirmou. “As recomendações de segurança feitas pelo governo não foram seguidas e não são suficientes para impedir os invasores”, completou.

No geral, Miller crê que dezenas de milhares de usuários de celulares nos EUA foram afetados pelos supostos ataques vindos da China desde 2018. A partir de países caribenhos, onde a segurança de rede não é tão sofisticada, seria mais fácil encontrar “portas” para capturar dados.

Para quem pensa que se trata de espionagem, como nos filmes, está muito enganado. Os ataques seriam mais “comerciais”, rastreando fluxos de metadados, hábitos de consumo, deslocamentos, relações entre instituições financeiras e troca de informações entre áreas de pesquisa para fins de captura de informações. Volta e meia, ataques de grandes proporções são detectados. Acredita-se que possam servir também para medir o tempo e a intensidade de reação de quem é espionado.

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