Estados Unidos assume a liderança em meio a tensões geopolíticas e reavaliação das relações comerciais
A Alemanha, uma das maiores potências industriais do mundo, está reconfigurando suas relações comerciais. Após oito anos consecutivos, a China deixou de ser o principal parceiro comercial do país, perdendo o posto para os Estados Unidos. A mudança, segundo especialistas, reflete um cenário geopolítico mais complexo e a busca por diversificação por parte das empresas alemãs.
De acordo com estimativas da Germany Trade & Invest (GTAI), o comércio entre a Alemanha e os Estados Unidos atingiu 255 bilhões de euros em 2024, superando os 247 bilhões de euros registrados nas relações com a China. A queda nas exportações de automóveis alemães para a China, em meio à crescente concorrência local, foi um dos principais fatores para essa mudança.
Fatores que impulsionaram a mudança
- Intensificação da concorrência: A ascensão de fabricantes chineses de veículos elétricos pressionou as exportações alemãs, com marcas como Volkswagen e Mercedes-Benz enfrentando dificuldades no mercado chinês.
- Mudança de estratégia: A Alemanha tem buscado diversificar seus parceiros comerciais e reduzir sua dependência da China, especialmente em setores estratégicos.
- Tensões geopolíticas: As crescentes tensões entre os Estados Unidos e a China têm impactado as relações comerciais globais, levando as empresas a buscar alternativas.
Impacto para a indústria automotiva alemã
A indústria automotiva alemã, um dos pilares da economia do país, foi especialmente afetada pela mudança. A desaceleração das vendas na China e a crescente produção local de veículos elétricos pressionaram as exportações de marcas alemãs.
Novas prioridades para a Alemanha
O governo alemão tem buscado fortalecer seus laços com os Estados Unidos e outros países do Indo-Pacífico, como o Japão. A estratégia visa diversificar as cadeias de suprimentos e reduzir a vulnerabilidade a choques externos.