Decisão foi tomada para evitar desabastecimento; a Abras reforça que a compra em excesso pode prejudicar o abastecimento para outras pessoas
As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul (RS) nos últimos dias causaram transtornos não apenas para os moradores do estado, mas também para o abastecimento de produtos em todo o país. Como forma de evitar o desabastecimento de itens essenciais, como arroz e leite, grandes redes de supermercados, como GPA (Pão de Açúcar e Extra) e Assaí Atacadista, impuseram limites na venda desses produtos, tanto nas lojas físicas quanto nos canais online.
A medida, que visa garantir o acesso de todos os consumidores aos produtos, foi tomada após a tragédia no RS, que resultou na morte de mais de 100 pessoas e afetou significativamente a produção agropecuária no estado. O Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de arroz do Brasil, e as chuvas danificaram plantações e dificultaram o escoamento da produção.
GPA e Assaí definem cotas por loja e região
O GPA, dono das redes Pão de Açúcar e Extra, informou que a definição de cotas para a compra de arroz e leite tem como objetivo “garantir a disponibilidade e o acesso da população a produtos essenciais”. A ação vale para todas as lojas no território nacional, incluindo as marcas Pão de Açúcar, Extra Mercado, Minuto Pão de Açúcar, Pão de Açúcar Fresh e Mini Extra, além dos sites www.paodeacucar.com e www.clubeextra.com.br e dos apps Pão de Açúcar Mais e Clube Extra.
A rede Assaí Atacadista também adotou a medida, mas a restrição se aplica apenas aos pacotes de arroz. A companhia ressalta que acompanha de perto os níveis de estoques em cada região para garantir o abastecimento adequado dos produtos.
Evitar estocagem
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) está monitorando a situação e orientando os consumidores a não fazerem estoques em casa. Segundo a entidade, os estoques e as operações de abastecimento do varejo estão normalizados, com diversas marcas, preços e promoções para atender à demanda de consumo.
A Abras reforça que a compra em excesso pode prejudicar o abastecimento para outras pessoas, especialmente as mais necessitadas. A entidade pede a colaboração de todos para evitar o desabastecimento e garantir que todos tenham acesso aos produtos essenciais.
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