O mês de fevereiro registrou um saldo positivo de empregos formais criados no Brasil. Foram 401.639 vagas registradas em carteira, sendo que as micros e pequenas empresas foram responsáveis por 68,5% desse total. Isto corresponde a um pouco mais de 275 mil vagas. Já as médias e grandes empresas tiveram saldo positivo de pouco mais de 101 mil vagas no mês.
Esse levantamento foi feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados do o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destacou o desempenho das micros e pequenas empresas para a recuperação econômica do país. “Esse é o oitavo mês consecutivo que as micro e pequenas puxam a geração de empregos com carteira assinada. Por isso, é tão importante que sejam realizadas políticas públicas que amparem esse segmento”, disse.
Enquanto as micros e pequenas empresas tiveram saldo positivo em todos os setores da economia, as médias e grandes empresas demitiram mais do que contrataram no comércio e na agropecuária, em fevereiro. No primeiro, o saldo negativo foi de 2.107 empregos e no segundo, 1.571. O melhor desempenho das médias e grandes empresas foi no setor de serviços, com saldo positivo de 57.956 empregos gerados.
O setor de serviços também puxou o melhor saldo das micros e pequenas no mês, com 183.944 empregos. Se o desempenho do comércio entre as médias e grandes foi ruim em fevereiro e continua fechando postos de trabalho, o mesmo não se pode dizer das micros e pequenas, com saldo positivo de 92.909. Nos demais setores (construção, indústria de transformação, serviços, serviços industriais de utilidade pública e extrativa mineral), todas as categorias de empresas fecharam o mês com mais contratações do que demissões.
Estados
Entre os estados, o que mais contratou proporcionalmente em fevereiro foi Mato Grosso, com um saldo de 23,26 por mil empregados. Em números absolutos, São Paulo foi o estado com melhor saldo de emprego, 73,7 mil empregos gerados. Amazonas tem o pior desempenho e foi o único estado com saldo negativo, tanto em números absolutos, com 868 demissões, quanto proporcionais, com saldo negativo de 5,65 por mil empregados.
(Agência Brasil)