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Como relatório quer “travar” aumento de imposto

CCJ deve votar em 7 de novembro. Confira as sugestões para alíquotas de referência, Zona Franca, comitê gestor, imposto seletivo e regimes

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o relatório sobre a reforma tributária com sugestões que podem facilitar a vida dos contribuintes. O resultado do trabalho deve ser apreciado e vota na comissão até 7 de novembro.

Braga detalhou aspectos do parecer que relatou sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) 45/2019. Nele estão contidos mecanismos de simplificação e regulação fundamentais à reforma. confira os principais pontos.

Trava contra aumentos 

“Vamos implantar o CBS [Contribuição sobre Bens e Serviços]. Nos quatro primeiros anos, vem implantando e, no quinto ano é auferida a carga [arrecadada] e compara com a referência. Se tiver extrapolado, ajusta para baixo”, detalhou o senador Braga. 

  • Prevê um dispositivo para evitar o aumento de imposto baseado em um teto que será calculado pela média da receita dos impostos entre 2012 a 2021;
  • Como impostos serão extintos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins), haverá uma proporcionalidade a partir do Produto Interno Bruto (PIB);
  • Desta forma, caso a alíquota de referência dos novos tributos exceda o teto, o novo imposto será reduzido; 
  • Os critérios serão avaliados a cada cinco anos.

Comitê gestor 

Pelo texto da reforma tributária, um comitê gestor substituirá a estrutura do atual Conselho Federativo, órgão para gerir os impostos estaduais e municipais. “O Comitê será um mero executor. Vai tratar somente de regimento interno e normativas”, comentou o senador sobre a ausência de discussões políticas dentro do comitê gestor. Como poderá funcionar:

  • A principal função será arrecadar e distribuir os tributos entre os entes federados, de acordo com o proposta na emenda constitucional que veio da Câmara;
  • O presidente do comitê deverá ter notórios conhecimentos de administração tributária e será nomeado após sua indicação ser aprovada por maioria absoluta do Senado;
  • O Congresso poderá convocar o presidente desse comitê para prestar informações no poder legislativo, como ocorre hoje com ministros de Estado;
  • Foi retirado do comitê gestor a possibilidade de propor iniciativas de lei e foi incluído o controle externo dos tribunais de contas dos estados e dos municípios. Essa proposta reduz as possibilidades de judicialização;
  • Foi alterada a regra do índice populacional, que caiu de 85 para 80 para abrir espaço para o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Verde para enfrentar as mudanças climáticas.

Imposto seletivo 

A cobrança do Imposto Seletivo deverá ser regulamentada por lei complementar. Seu objetivo será desestimular o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Os principais pontos sugeridos no relatório são: 

  • As alíquotas serão definidas por lei ordinária, respeitado o período de anualidade para começar a valer;
  • Não haverá incidência sobre a tarifa de energia elétrica, nem sobre os serviços de telecomunicações;
  •  Armas e munições serão taxadas por imposto seletivo na reforma tributária, com exceção quando forem destinadas ao uso da administração pública, como às Forças Armadas;
  • No caso de recursos naturais não renováveis, como minérios e petróleo, será cobrada alíquota de 1%, uma única vez, na etapa de extração.

“São um patrimônio que extraímos e exportamos sem nenhuma oneração, e agora, ficam todas as questões ambientais e sociais para trás e o Brasil precisa de recursos para fazer o seu investimento de inovação tecnológica, desigualdades econômicas e sociais, redução das regionais, etc. E a única forma é utilizando recursos que venham desses arranjos”, explicou o senador.

Regimes específicos

Esta categoria tributária exigirá soluções para cada caso.

  • Impostos sobre combustíveis e lubrificantes terão alíquotas nacionais definidas uniformemente pelo Senado. Seria uma forma de evitar conflitos federativos;
  •  Serviços de saneamento e concessão de rodovias terão regime específico, pois podem provocar desequilíbrio nos contratos já firmados, prejudicando empresas e usuários;
  • Agências de viagem e turismo, transporte coletivo de passageiros rodoviário, ferroviário, hidroviário e aéreo, além de operações que envolvam tratados ou convenções internacionais que não estavam previstas no texto que veio da Câmara dos Deputados serão analisados. 
Zona Franca de Manaus
  • Foram retirados do imposto seletivo produtos fabricados na Zona Franca de Manaus (ZFM), como bicicletas, motocicletas elétricas, computadores e outros bens de informática. 

“O Ministério da Fazenda reconheceu que havia uma disfunção e nós tiramos o imposto seletivo e criamos uma Cide [Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico], que vai manter vantagens comparativas dos produtos da Zona Franca [em relação a outros locais]”, afirmou Braga. 

(com agências)

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