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Confiança do Comércio avança em novembro

Inversão nas expectativas dos consumidores reflete um mercado de trabalho aquecido e uma melhora nos rendimentos

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) avançou 3,7 pontos em novembro, para 92,7 pontos, maior nível desde abril deste ano (95,5 pontos). Em médias móveis trimestrais, houve alta de 1,2 ponto, para 90,6 pontos. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) nesta quinta-feira (28). 

“A confiança do comércio avança este mês apresentando variações positivas em ambos os horizontes temporais avaliados pela pesquisa, com destaque para os indicadores sobre o momento presente, que voltaram a subir retomando a tendência de recuperação interrompida no mês anterior. Esse cenário parece aliviar as incertezas dos empresários, que, após seis meses consecutivos com previsões de redução nas vendas futuras, se mostram menos pessimistas em novembro. Essa inversão nas expectativas também está ligada ao aumento da confiança dos consumidores, fortalecida por um mercado de trabalho aquecido e uma melhora nos rendimentos observada em 2024”, avalia Geórgia Veloso, economista do FGV IBRE. 

Em novembro, a alta da confiança ocorreu em cinco dos seis principais segmentos do setor, sendo influenciada principalmente pelas avaliações sobre o momento atual. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 4,1 pontos, para 94,9 pontos, maior nível desde abril deste ano (98,5 pontos). As avaliações sobre a situação atual dos negócios variaram positivamente em 2,6 pontos, para 94,2 pontos, devolvendo parte da queda observada no mês anterior. No mesmo sentido, o indicador que avalia o volume de demanda atual avançou 5,7 pontos, para 95,8 pontos, alcançando também o maior nível desde abril deste ano (99,1 pontos).

O Índice de Expectativas (IE-COM) também apresentou resultado positivo no mês ao avançar em 2,8 pontos, para 90,7 pontos, com os quesitos que o compõem apresentando resultados distintos: o indicador que mede as perspectivas de vendas nos próximos três meses subiu 6,0 pontos, para 88,6 pontos, após seis quedas consecutivas, enquanto o que avalia as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses recuou em 0,4 ponto, para 93,2 pontos.

(FGV)

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