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Confiança do comércio cai em agosto

Empresários continuam cautelosos e não se mostram otimistas em relação à evolução das vendas futuras

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 1,8 ponto em agosto, para 89,1 pontos, após alta pouco expressiva no mês anterior. Em médias móveis trimestrais, o índice recua novamente, agora em 0,8 ponto, para 90,1 pontos. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) nesta quinta-feira (29). 

“Após o modesto crescimento observado em julho, a confiança do comércio volta a cair impulsionada pela deterioração das expectativas em relação aos próximos meses, que se dissemina nos seis principais segmentos do setor. Apesar da redução do pessimismo nas avaliações sobre o volume de demanda atual, os empresários continuam cautelosos e não se mostram otimistas em relação à evolução das vendas futuras, mesmo diante da resiliência de um mercado de trabalho aquecido e da melhora na confiança dos consumidores. O setor, que iniciou 2024 com sinais de recuperação, enfrenta cenário incerto no segundo semestre: o comportamento das taxas de juros e o risco inflacionário, que afetam diretamente o consumo, contribuem para essa incerteza”, avalia Geórgia Veloso, economista do FGV IBRE.

Em agosto, a queda da confiança foi disseminada nos seis principais segmentos do setor. Exercendo influência negativa, o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 5,5 pontos, para 87,0 pontos. Ambos os quesitos que compõem o IE-COM variaram negativamente no mês: o indicador que avalia as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses recuou 6,9 pontos, para 89,2 pontos, retornando ao menor nível desde fevereiro deste ano (88,2 pontos) e o que mede as perspectivas de vendas nos próximos três meses caiu pelo quarto mês consecutivo, agora em 4,1 pontos, para 85,1 pontos.

No sentido oposto, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 2,0 pontos, para 91,9 pontos, com resultados distintos nos indicadores que o compõem: as avaliações sobre a situação atual dos negócios variaram negativamente em 0,3 ponto, para 91,2 pontos e, de maneira mais expressiva, o indicador que avalia o volume de demanda atual avançou 4,2 pontos, para 92,7 pontos, após três quedas consecutivas.

(FGV)

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