Os dois índices de confiança divulgados nesta quarta-feira (27), pela Fundação Getulio Vargas, apontaram uma queda no otimismo dos agentes econômicos brasileiros. O Índice de Confiança do Consumidor caiu 5,1 pontos em relação a fevereiro, de 96,1 para 91 pontos, em seu pior resultado desde outubro do ano passado. “O resultado de março sugere haver desapontamento dos consumidores com o ritmo de recuperação da economia, após projetarem melhoras para a economia e para as finanças familiares nos meses anteriores. Além da velocidade da recuperação estar aquém do esperado, a demora no avanço das reformas tem contribuído para o aumento da incerteza econômica”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da sondagem.
Já o Índice de Confiança da Construção apresentou queda de 2,5 pontos, passando de 85 para 82,5 pontos, em seu maior recuo desde junho de 2018 (-81,8 pontos). “O ritmo muito lento de crescimento da economia está minando a confiança mostrada pelos empresários da construção no final de 2018. Em março, a percepção que prevaleceu foi de que a atividade retrocedeu, abalando também a confiança na melhora de curto prazo. O resultado de março acende uma luz amarela que reforça a preocupação com a retomada dos investimentos”, analisa Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE.