Depois de uma intensa recuperação a partir de abril, a Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) apontou um recuo de 0,4 ponto no Índice de Confiança Empresarial (ICE) em dezembro, para 95,2 pontos – em uma escala de zero a 200 pontos. O resultado foi influenciado por leves quedas nas avaliações sobre o momento presente e as perspectivas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cedeu 0,2 ponto, para 97,8 pontos, após subir por sete meses consecutivos. O Índice de Expectativas (IE-E) recuou 0,3 ponto, para 94,3 pontos. “(O desempenho) em dezembro retrata o empresariado brasileiro em compasso de espera face à ainda grande incerteza em relação aos rumos da economia nos próximos meses. A queda do Índice da Situação Atual sinaliza desaceleração do nível de atividade corrente, enquanto a manutenção do Índice de Expectativas abaixo dos 95 pontos reflete um pessimismo moderado em relação ao primeiro semestre de 2021″, apontou Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas do FGV IBRE. “Entre os fatores que pesam na balança para os dois lados estão a ameaça de uma perigosa nova onda de covid-19 no Brasil contrapondo a chegada das campanhas de vacinação em outros países e a perspectiva de uso de parte da poupança acumulada em 2020 como compensação parcial para o fim do período de concessão de auxílio emergencial. Será um primeiro semestre ainda muito difícil”, completou.