Pelo lado negativo, a confiança industrial recuou pelo segundo mês seguido, e a do comércio permanece em nível historicamente baixo
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) avançou 0,7 ponto em outubro, para 98,1 pontos, revertendo a queda do mês anterior. Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 0,1 ponto. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) nesta sexta-feira (1°).
“A alta do ICE em outubro, de mesma magnitude da queda registrada em setembro, antes de sinalizar uma nova tendência, parece sugerir a consolidação do índice no patamar atual, alcançado em julho após uma série de seis altas consecutivas. Esse nível, próximo aos 100 pontos, reflete uma economia operando em ritmo moderado. O resultado traz elementos tanto positivos quanto negativos: pelo lado negativo, a confiança industrial recuou pelo segundo mês seguido, e a do Comércio permanece em nível historicamente baixo. Entre os aspectos positivos, o Índice de Situação Atual Empresarial atingiu seu maior nível em mais de dois anos, e as expectativas para contratações e para o avanço dos negócios nos próximos seis meses mantêm-se otimistas”, avalia Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.
A alta do ICE em outubro reflete avanços nos seus dois índices-componentes. O Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) subiu 1,0 ponto, alcançando 97,8 pontos, com destaque para o indicador que mede as expectativas com relação à demanda, com alta 1,4 ponto no mês, passando a 95,3 pontos. O indicador de expectativas com a evolução dos negócios seis meses à frente, por sua vez, registrou alta de 0,5 ponto, atingindo 100,3 pontos.
O Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) avançou 0,5 ponto em outubro, alcançando 98,5 pontos, o maior nível desde setembro de 2022 (98,8 pontos naquela ocasião). Entre seus componentes, o indicador que mede a percepção sobre a demanda corrente aumentou 1,2 ponto, para 99,2 pontos, o maior nível desde setembro de 2022. Já o que avalia a situação atual dos negócios recuou 0,2 ponto, para 97,7 pontos.
(FGV)