Um estudo da Oracle e da especialista americana Farnoosh Torabi, com mais de 9 mil consumidores e líderes empresariais em 14 países, incluindo 500 entrevistados brasileiros, mostra como a pandemia do novo coronavírus mudou a relação das pessoas com o dinheiro. A conclusão central é que elas agora confiam mais nos robôs do que em si mesmas para gerenciar suas finanças. Além disso, a crise sanitária global aumentou a ansiedade financeira, a insegurança entre as pessoas ao redor do mundo mudou as atitudes e a maneira de como administrar o próprio dinheiro. A pesquisa revela ainda que o papel e o foco das equipes de finanças corporativas e consultores financeiros pessoais estão sendo reavaliados. Confira abaixo os principais recortes do estudo:
A pandemia global influenciou a relação das pessoas com o dinheiro
• Entre os líderes empresariais, a ansiedade financeira e o estresse aumentaram 176% e a tristeza 150%; a ansiedade e o estresse financeiros do consumidor aumentaram 79% e a tristeza, 64%.
• 95% dos líderes brasileiros estão preocupados com o impacto da COVID-19 em sua organização, sendo as preocupações mais comuns: lenta recuperação econômica ou recessão (50%), cortes no orçamento (42%) e falência (41%).
• 91% dos consumidores brasileiros enfrentam temores financeiros, incluindo perda de emprego (34%), perda de poupança (41%) e nunca sair das dívidas (35%).
• Essas preocupações mantêm as pessoas acordadas à noite: 45% dos consumidores relataram perder o sono devido a suas finanças pessoais.
As pessoas querem ajuda e agora confiam mais nos robôs do que em si mesmas para gerenciar as finanças
• 75% dos consumidores e líderes empresariais confiam mais em um robô para gerenciar as finanças do que em um ser humano.
• 69% deles confiam mais em um robô do que em si mesmos para gerenciar as finanças; 76% confiam em robôs em vez de em suas próprias equipes financeiras.
• 93% dos entrevistados acreditam que os robôs podem melhorar seu trabalho detectando fraudes (55%), criando notas fiscais (24%) e realizando análises de custo / benefício (30%).
• 56% dos consumidores confiam mais em um robô do que em si mesmos para gerenciar suas finanças; 74% confiam em robôs em vez de consultores financeiros pessoais.
• 84% dos consumidores acreditam que os robôs podem ajudar na gestão financeira ajudando na detecção de fraudes (54%), ajudando a reduzir gastos (43%) e fazendo investimentos em bolsa (28%).
O papel das equipes financeiras e consultores financeiros nunca mais será o mesmo
• 61% dos líderes empresariais acreditam que os robôs substituirão os profissionais de finanças corporativas nos próximos cinco anos.
• 92% deles querem a ajuda de robôs para tarefas financeiras, incluindo aprovações financeiras (53%), orçamento e previsão (33%), relatórios (52%) e gerenciamento de conformidade e risco (46%).
• Os líderes empresariais desejam que os profissionais de finanças corporativas se concentrem na comunicação com os clientes (37%), na negociação de descontos (37%) e na aprovação de transações (32%).
• 53% dos consumidores acreditam que os robôs substituirão os consultores financeiros pessoais nos próximos cinco anos.
• Os consumidores querem robôs para ajudá-los a administrar suas finanças, liberando tempo para outras tarefas (39%), reduzindo gastos desnecessários (46%) e aumentando os pagamentos em dia (27%).
• Os consumidores querem que os consultores financeiros pessoais forneçam orientações sobre as principais decisões de compra, como comprar uma casa (37%), comprar um carro (35%) e planejar a aposentadoria (21%).
A relação com o dinheiro mudou; é hora de adotar inteligência artificial para gerenciar finanças
• 77% dos consumidores afirmam que a pandemia mudou a maneira como compram bens e serviços.
• 91% dos consumidores afirmam que os acontecimentos de 2020 mudaram a forma como se sentem em relação ao dinheiro, com as pessoas se sentindo ansiosas (34%), com medo (42%) e sujas (8%). Quase metade (49%) dos consumidores agora afirma que apenas o dinheiro é um obstáculo para fazer negócios.
• As empresas responderam rapidamente. 87% dos líderes investiram em recursos de pagamento digital e 75% criaram novas formas de engajamento do cliente ou mudaram seus modelos de negócios em resposta ao COVID-19.
• 54% das organizações já usam IA para gerenciar processos financeiros, em comparação com 31% dos consumidores.
• 94% dos líderes de negócios dizem que as organizações que não repensam os processos financeiros enfrentarão riscos, incluindo ficar para trás dos concorrentes (62%), trabalhadores mais estressados (43%), relatórios imprecisos (42%) e produtividade reduzida dos funcionários (44%).