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Demanda global por petróleo perto de novo recorde

Os produtores devem ter dificuldades de atender ao rápido avanço do consumo

A demanda mundial por petróleo aumentará mais de 2%, para um recorde de 101,6 milhões de barris por dia (bpd) em 2023, alertou a Agência Internacional de Energia (IEA) nesta quarta-feira (15), embora os preços altíssimos do petróleo e as previsões econômicas enfraquecidas diminuam as perspectivas futuras.

A IEA, com sede em Paris, também afirmou em seu relatório mensal que a oferta estava sendo restringida pelas sanções à Rússia por sua invasão da Ucrânia. “Os temores econômicos persistem, já que várias instituições internacionais divulgaram recentemente perspectivas pessimistas”, disse a IEA, prevendo que a demanda aumentaria 2,2 milhões de bpd, ou 2,2%, em 2023 em comparação com 2022 e excederia os níveis pré-pandemia.

“Da mesma forma, aperto de política monetária, o impacto de um dólar em alta e o aumento das taxas de juros sobre o poder de compra das economias emergentes significam que os riscos para nossas perspectivas estão concentrados no lado negativo”, afirmou.

Economias responsáveis

Os países desenvolvidos na Europa e na América do Norte contribuíram para a maior parte do avanço na demanda em 2022. No próximo ano, países menos desenvolvidos, que não são da OCDe, devem ser responsáveis por 80% do crescimento na demanda em 2023, segundo a entidade.

À medida que emerge dos lockdowns contra a covid-19, a China deve ter crescimento na demanda por petróleo de 930 mil bpd em 2023, ajudando-a a se estabelecer de novo como “o motor primário do crescimento global na demanda por petróleo”. Com expectativa de reação nas viagens internacionais, a demanda por combustível de avião deve avançar 990 mil bpd em 2023, diz ainda a AIE.

Demanda

Os produtores de petróleo, porém, devem ter dificuldade de atender ao rápido avanço na demanda. A AIE espera que a oferta global de petróleo avance 1,3 milhão de bpd em 2023, a 101,1 milhões de bpd, com um déficit de 500 mil bpd no mercado.

Problemas na oferta geraram um déficit de 2,8 milhões de bpd no mês passado entre a meta da Opep+ e sua produção de fato, afirmou nesta quarta a AIE. Para ela, os problemas do grupo devem continuar em 2023. A agência prevê que a produção da Opep+ recuará 500 mil bpd em 2023, a 51,1 milhões de bpd. Já a oferta de fora da Opep+ deve aumentar 1,8 milhão de bpd, a 50 milhões de bpd em 2023. Em 2022, a produção de fora da Opep deve crescer 800 mil bpd, a 65,3 milhões de bpd.

Para o ano atual, a AIE manteve sua projeção para a demanda inalterada, em 99,4 milhões de bpd. Em 2019, antes da pandemia, ela estava em 100,4 milhões de bpd. A AIE ainda elevou sua projeção para a oferta em 2022 em 600 mil bpd, a 99,8 milhões de bpd. Além disso, cortou projeções para a demanda por petróleo no terceiro trimestre, em 300 mil bpd, e no quarto trimestre, em 100 mil bpd.

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