Puxados pelo aumento de 12,3% nos rendimentos das empresas chinesas, contra 10% nos EUA. Previsão ajustada do ano é de US$ 1,73 trilhão
Os pagamentos de dividendos globais atingiram US$ 431,1 bilhões no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 3,1% em comparação com o mesmo período de 2023, tanto em termos nominais quanto subjacentes, de acordo com o Janus Henderson Global Dividend Index. No entanto, o crescimento global foi impactado por cortes de dividendos em algumas empresas, o que reduziu o desempenho geral.
A China foi um dos principais fatores responsáveis pelo aumento, com os dividendos chineses crescendo 12,3% em termos subjacentes, totalizando US$ 44,6 bilhões. O crescimento foi impulsionado principalmente pela Alibaba, que iniciou o pagamento de dividendos aos acionistas. Esse aumento contribuiu para um crescimento de 1,4% nos dividendos dos mercados emergentes.
Nos Estados Unidos, os dividendos subiram 10%, com destaque para empresas como Alphabet e Meta, que começaram a distribuir dividendos em 2024. A maioria das empresas americanas (96%) aumentou ou manteve os dividendos estáveis. Contudo, o impacto de grandes cortes, como os da Evergreen Marine e da Glencore, afetou o crescimento global, reduzindo a taxa de crescimento do trimestre em 3,4 pontos percentuais. Sem esses cortes, o crescimento teria sido de 6,5%.
A Ásia-Pacífico teve desempenho misto. Países como Austrália, Hong Kong e Taiwan registraram queda nos dividendos, enquanto Singapura registrou aumentos significativos, principalmente devido ao setor bancário.
Os setores bancário e de comunicação social foram os principais responsáveis pelo crescimento dos dividendos, enquanto os setores de mineração e transportes apresentaram quedas. O impacto dos dividendos especiais, que foram excepcionalmente baixos no terceiro trimestre, também influenciou os resultados, com a taxa de crescimento nominal sendo menor do que o esperado.
A previsão para o total de dividendos globais em 2024 foi ajustada para US$ 1,73 trilhão, um aumento de 4,2% em relação ao ano anterior. A expectativa de crescimento subjacente permanece em 6,4%.
Embora as taxas de juros mais altas fossem inicialmente vistas como uma ameaça para o crescimento dos dividendos, o índice sugere que as empresas têm se mantido resilientes. A rentabilidade de muitas empresas continua estável, e o crescimento dos dividendos é projetado para seguir em ritmo constante até 2025.