Pesquisar
PATROCINADORES
PATROCINADORES

Dólar dispara e bate recorde de R$ 6,11

Mercados intensificam pessimismo após detalhes do pacote fiscal e proposta de isenção de IR para salários de até R$ 5 mil

O dólar segue em forte alta nesta sexta-feira (29), último dia de novembro, atingindo R$ 6,11 e refletindo a reação do mercado aos anúncios do governo sobre o pacote fiscal, além dos dados positivos de emprego divulgados nesta manhã. A moeda norte-americana ultrapassou a marca de R$ 6,00 pela primeira vez na história no pregão de ontem, e nesta manhã continuou sua trajetória de alta, alcançando R$ 6,11.

Na quinta-feira (28), o governo detalhou um conjunto de medidas de ajuste fiscal que será encaminhado ao Congresso, prevendo cortes de R$ 70 bilhões em gastos públicos nos anos de 2025 e 2026. O pacote também incluiu alterações nas regras de isenção do Imposto de Renda, o que gerou apreensão entre investidores.

Embora o pacote de cortes tenha sido amplamente aguardado pelo mercado, a proposta de isentar pessoas com rendimentos de até R$ 5 mil da cobrança do Imposto de Renda gerou dúvidas. Essa medida, que deve custar R$ 35 bilhões aos cofres públicos, foi vista com ceticismo, especialmente por sua compensação depender de uma maior taxação sobre os mais ricos, com alíquotas de até 10% para rendimentos acima de R$ 50 mil.

Reação do mercado

A combinação do cenário fiscal incerto e o impacto dos anúncios de Haddad levou o dólar a subir mais de 2%, com a moeda superando a marca de R$ 6,11. Ontem, o dólar já havia fechado em alta de 1,30%, cotado a R$ 5,9891, mas atingiu a máxima de R$ 6,0029 durante o pregão. Ao mesmo tempo, o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, sofreu queda de 2,40%, sua maior retração diária em quase dois anos, refletindo o pessimismo dos investidores.

Além do pacote fiscal, o mercado também reagiu aos dados de emprego divulgados pelo IBGE, que apontaram uma queda para 6,2% na taxa de desemprego no trimestre encerrado em outubro, o menor patamar da história.

A disparada do dólar intensificou o clima de tensão entre o governo federal, o Banco Central e o mercado financeiro. Críticos apontam que as medidas anunciadas não foram suficientes para convencer os agentes econômicos de que a meta fiscal será cumprida.

Compartilhe

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar

©2017-2020 Money Report. Todos os direitos reservados. Money Report preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe.