Duas semanas após bater seu recorde histórico desde o Plano Real, sendo negociado por volta de R$ 4,20, o dólar segue tendência de queda. A moeda americana é negociada abaixo dos R$ 4 nesta quinta-feira (27), o que não ocorria desde o mês de agosto. Analista da corretora de câmbio NGO, Sidnei Moura Nehme acredita que a disparada verificada há algumas semanas não era sustentável, em virtude da sólida situação cambial do Brasil. Para ele, os R$ 4,20 eram um preço “cabalístico”, e a moeda deve voltar à casa dos R$ 3,80 após as eleições presidenciais. Na sua opinião, o mercado perdeu a credibilidade nas pesquisas de intenção de voto e acredita em uma vitória de Jair Bolsonaro no pleito. “Os investidores já estão fechados com Bolsonaro e acreditam que ele vai vencer”, afirmou. “O movimento especulativo não resistiu muito, pois nossas reservas em dólares são elevadas.”
Já a bolsa opera em alta após acordo entre a Petrobras, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC, na sigla em inglês). Às 11h57, o Ibovespa subia 1,40%, aos 79.758 pontos, com a máxima da manhã chegando a 80.107 pontos. As ações preferenciais e ordinárias da Petrobras dispararam após a empresa fechar um acordo com os órgãos dos EUA para encerrar as investigações de corrupção na estatal, em solo americano. O acordo vai custar US$ 853,2 milhões (cerca de R$ 3,6 bilhões) à Petrobras, que agora fica livre para operar no país.