As estimativas para produto interno bruto (PIB) foram reduzidas de 5,3% para 5,1% para este ano. Para 2022, a expansão do PIB foi diminuída de 2,5% para 2,1%. Além disso, a expectativa para a inflação (IPCA) aumentou de 7,9% para 9,7% para 2021. Ainda para o próximo ano, a projeção passou de 3,75% para 4,70%. A partir de 2023, a projeção converge para a meta, 3,25% em 2023 e 3% de 2024 em diante, aponta o Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia publicado nesta quarta-feira (17).
A queda no crescimento econômico foi justificado na coletiva pelo secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, pela quebra de cadeias globais que vem prejudicando a indústria, não só a brasileira, mas outros players como a China e a União Europeia. Há ainda os efeitos negativos de uma pressão nos preços devido à maior demanda em detrimento de uma menor oferta conforme ocorrem as retomadas nos países que avançam com as suas vacinações. Na apresentação, Sachsida também exemplificou as commodities como alimentos e metais industriais, além da energia.
Foi citado que a inflação elevada não é um fenômeno brasileiro, mas global, usando o exemplo americano, que registra o maior patamar desde a década de 1990. Neste ponto, a fala de Sachsida se une com o discurso do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que durante o Fórum Jurídico de Lisboa, disse que o Brasil produz a própria inflação e a importa de outros países, um cenário complexo de resolver.
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