Após um longo período de redução de débitos, o endividamento das familias voltou a crescer e alcançou o maior nível em três anos, segundo dados do Banco Central. Em maio, a taxa de endividamento sobre a renda acumulada em 12 meses subiu para 44,04%, maior nível desde abril de 2016, quando marcava 44,2%. Há um ano, o índice estava em 41,9% e, no pior momento da crise, em abril de 2015, era de 46,8%. Desde que atingiu seu menor nível em dezembro de 2017 (41,33%), o indicador apresentava tendência de alta.
Apesar do aumento de endividados, o nível de comprometimento da renda e a quantidade de inadimplentes se mantiveram estáveis. Economistas entrevistados pelo Valor Econômico projetam uma melhora no cenário econômico caso ocorra a aprovação da reforma da Previdência e os juros continuem baixos, mas chamam a atenção para o fato de que uma possível piora no mercado de trabalho poderá deixar as famílias com mais dificuldades de cumprirem suas dívidas.