Chairman & sócio senior do BTG Pactual lembrou que o controle das contas públicas e das metas fiscais devem ser prioridade para o que ele chama de democracia funcional
O segundo da CEO Conference 2024 contou com a tradicional apresentação sobre o cenário político e macroeconômico, protagonizada pelo chairman & sócio senior do BTG Pactual, André Esteves, que destacou o ambiente favorável para o investimento no país. O banqueiro demonstrou satisfação com o processo de harmonização que foi construído ao longo do ano passado e que deverá ser estruturado no decorrer de 2024.
“O ano [2023] começou com ataques do presidente da República [Lula] ao presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto] e terminou com ambos juntos em um churrasco de ministros”, declarou Esteves, ao exemplificar as dificuldades enfrentadas pelo governo e que levantaram dúvidas sobre a estabilidade política e econômica do Brasil.
Apesar do otimismo, o chairman do BTG Pactual lembrou do “passado alcoólatra” do Brasil. Segundo ele, a austeridade, o controle das contas públicas e das metas fiscais devem ser prioridade para o que ele chama de “democracia funcional”. “Precisamos disso para que o país siga evoluindo de maneira regrada. Tivemos três reformas importantes na história recente do Brasil, em três governos distintos”, afirmou.
Questionado sobre a quebra de braço entre Legislativo, Executivo e Judiciário, Esteves manteve o tom diplomático, lembrando que a harmonia entre os Poderes é renovada a cada processo eleitoral pelo voto popular.
Na cena global, o chairman vê com otimismo os investimentos sauditas e em todo Oriente Médio, apesar do situação de conflito entre países. No médio e longo prazo, Esteves aposta em uma posição de neutralidade do Brasil para atrair investimentos. “Temos que manter uma posição estratégica pensando em vários fatores como transição energética, meio ambiente e política econômica. Vivemos um grande deslocamento geopolítico que é péssimo para o mundo, mas que pode ser positivo no futuro para o Brasil”, argumentou. A moderação do painel foi do jornalista William Waack.
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