A Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta segunda-feira (25) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que a falta e o alto custo de insumos se tornaram um problema (veja abaixo) mais disseminado na construção no quarto trimestre de 2020. Atualmente, uma a cada duas empresas da construção são afetadas. No terceiro trimestre, o número era de pouco mais de uma a cada três. “A construção espera maior crescimento para compra de insumos, atividade e emprego nos próximos seis meses. A confiança dos empresários da construção, por outro lado, caiu, refletindo maior pessimismo com relação ao estado atual da economia brasileira”, apontou o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo.
A pesquisa indica também que a produção e emprego do setor caíram, em um movimento já esperado para o mês de dezembro. O índice de atividade da indústria de construção foi de 46,3 pontos em dezembro, abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que sinaliza redução da atividade da construção. O índice de evolução do número de empregados ficou em 46,9 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos, mas ainda acima de sua média histórica, 44,1 pontos. A Utilização da Capacidade Operacional caiu de 63% para 62%. O indicador, entretanto, atingiu o maior nível para o mês de dezembro desde 2014.
A confiança dos empresários da indústria da construção recuou 3,2 pontos em janeiro de 2021 para 56,9 pontos. Mas como o índice permanece acima dos 50 pontos, o ICEI-Construção ainda indica confiança dos empresários.