A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou nesta sexta-feira (2) que as concessões de crédito entre 1 de março a 18 de setembro somaram R$ 2,2 trilhões. O valor inclui contratações, renovações e suspensão de parcelas. Além disso, desde o início da pandemia do novo coronavírus, os bancos já renegociaram 15 milhões de contratos com operações em dia, que têm um saldo devedor total de R$ 858 bilhões. A soma das parcelas suspensas dessas operações repactuadas totaliza R$ 118,6 bilhões. “Esses valores trazem alívio financeiro imediato para empresas e consumidores, que passaram a ter uma carência entre 60 a 180 dias para pagar suas prestações, sendo que a maioria dos agentes beneficiados com prorrogação de parcelas é representada por pequenas empresas e pessoas físicas (R$ 66,5 bilhões)”, destacou a entidade em nota. Segundo a Febraban, mesmo com o aumento do risco nas operações de crédito e a expectativa de aumento da inadimplência, que já se refletiu na forte elevação das provisões do setor financeiro, as taxas de juros e os spreads bancários recuaram entre fevereiro e agosto deste ano. Nesse período, a taxa de juros para o conjunto das operações de crédito recuou de 23,1% para 18,7% ao ano (-4,4). E o spread médio das operações de crédito caiu de 18,6% para 15,0% (-3,6).