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FGV: melhora no mercado de trabalho deve ocorrer só no segundo semestre

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), divulgado nesta quinta-feira (8) pela Fundação Getulio Vargas, caiu 5,8 pontos em março, para 77,1 pontos – menor nível desde agosto de 2020 (74,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp cedeu em 2,8 pontos, para 81,2 pontos.

“Em março, o indicador manteve sua trajetória de queda de forma mais intensa. Essa tendência de piora dos indicadores de mercado de trabalho em 2021 são justificadas pelo agravamento do quadro da pandemia e as consequentes medidas restritivas”, destacou Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE. “O retorno para um caminho de recuperação ainda depende da velocidade do programa de vacinação e da melhorada atividade econômica”, acrescentou.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), também informado pela FGV, recuou 0,2 ponto, para 99,1 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.

“O ICD ficou relativamente estável em março, mas é importante considerar o elevado patamar que o indicador se encontra. O resultado sugere que a taxa de desemprego deve se manter em níveis historicamente altos no primeiro semestre de 2021 e ainda sem perspectiva de melhora no curto prazo”, comentou Tobler. “Com o andamento da vacinação, os números podem ser mais positivos, ou menos negativos, na segunda metade do ano”, completou o economista.

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