Valor em 2024 totalizou em R$ 52,3 bilhões
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinou R$ 52,3 bilhões em financiamentos ao agronegócio em 2024, segundo comunicado divulgado pela instituição. O montante representa um aumento de 26% em relação ao registrado em 2023 (R$ 41,5 bilhões) e um salto de 92% em comparação a 2022 (R$ 27,2 bilhões).
Os recursos foram destinados a produtores rurais, cooperativas, agricultores familiares e agroindústrias para diversas finalidades, incluindo ampliação da produção, aquisição de máquinas e equipamentos, armazenagem e inovação. Ao longo de 2024, o banco registrou 191.231 operações de empréstimos, um aumento de 27,9% em relação ao ano anterior e de 60% em comparação a 2022.
Financiamentos subsidiados
Grande parte dos empréstimos ocorreu por meio dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGFs), que contam com taxas de juros subsidiadas pelo Tesouro Nacional. Apenas nesses programas, foram destinados R$ 38,2 bilhões em 183.822 operações.
No âmbito do Plano Safra 2023/24, entre janeiro e junho de 2024, o BNDES realizou 57.001 operações no valor de R$ 10,25 bilhões. Já no primeiro semestre do Plano Safra 2024/25, entre julho e dezembro de 2024, foram fechados R$ 27,9 bilhões em 126.821 operações.
Linha de crédito própria
Outro destaque foi a liberação de R$ 7,9 bilhões em 7.328 operações pela linha BNDES Crédito Rural, uma solução própria do banco voltada ao financiamento direto de produtores e cooperativas.
Rio Grande do Sul em foco
O programa BNDES Emergencial RS, voltado para mitigação e adaptação às mudanças climáticas, além de retomada econômica no Rio Grande do Sul, foi responsável pela aprovação de R$ 5,9 bilhões em financiamentos em 2024. Essas operações somaram 3.523 contratos.
Compromisso com sustentabilidade
De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, os financiamentos refletem o papel essencial do banco no apoio ao setor agropecuário brasileiro, abrangendo desde o agronegócio empresarial até pequenos agricultores e cooperativas. “Importante destacar que o incremento ao nosso crédito agrícola é acompanhado de políticas públicas de fomento à economia de baixo carbono e à preservação ambiental”, afirmou Mercadante em nota.