Economistas também reduziram para 2,03% projeção de crescimento do Produto Interno Bruto neste ano
Analistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para a inflação ao final de 2025 e 2026, enquanto reduziram levemente as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para ambos os anos. As informações constam na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (10).
O levantamento aponta que a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,51% para 5,58% ao final de 2025, marcando a 17ª semana consecutiva de revisão para cima. Para 2026, a projeção também aumentou, de 4,28% para 4,30%.
Crescimento reduzido
As previsões para o PIB também sofreram ajustes. A estimativa de crescimento da economia brasileira em 2025 caiu de 2,06% para 2,03%, enquanto a projeção para 2026 foi revisada de 1,72% para 1,70%.
Selic e dólar mantidos
O mercado manteve suas projeções para a taxa básica de juros (Selic). A expectativa é de que ela encerre 2025 em 15,00% e 2026 em 12,50%. Da mesma forma, a previsão para o dólar segue inalterada, com a moeda norte-americana cotada a R$ 6,00 no final dos dois anos.
Política monetária e impactos externos
A pesquisa Focus foi divulgada após a publicação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual o Banco Central elevou a Selic em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano. O documento destacou preocupações com a desancoragem das expectativas de inflação e os efeitos da política econômica sobre o câmbio.
No cenário internacional, investidores monitoram os impactos das novas medidas comerciais do governo Donald Trump nos Estados Unidos. O presidente anunciou tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, o que pode fortalecer o dólar e afetar economias emergentes, como a do Brasil.
Enquanto isso, no Brasil, o governo federal também acompanha de perto a inflação dos alimentos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou recentemente que a economia do país “está bem” e que o governo atuará para conter a alta dos preços dos alimentos.
